O deputado Marquinho Viana (PSB), apresentou no dia 23 de maio passado, na Assembléia Legislativa, projeto de lei que institui o Dia da Santa Irmã Dulce dos Pobres, no Estado da Bahia, a ser comemorado todos os anos no dia 13 de outubro, dia da sua canonização pelo papa Francisco, no Vaticano. A iniciativa pioneira do deputado aguarda a aprovação da ALBA para entrar em vigor. O deputado Marquinho Viana apresenta uma série de justificativas para o projeto, pedindo aos “ilustres pares, que aprovem o Projeto de Lei, como uma justa homenagem a quem tanto ajudou a Bahia e ao Brasil, considerando, especialmente, que Irmã Dulce deixou um legado de virtudes e de trabalho que orgulha a todos os baianos”.
História
Marquinho Viana relembra em sua justificativa que “em 26 de maio de 1914 nasceu em Salvador, Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, que aos 13 anos manifestou sua vocação para a vida cristã de solidariedade e amor aos pobres e doentes. Com esta idade atendia no portão de sua casa, intitulado A Portaria de São Francisco. Em homenagem à sua genitora, adotou o nome Irmã Dulce, quando tornou-se freira da Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em 1933, no estado de Sergipe. Trabalhar pelos necessitados foi o grande objetivo de toda a sua vida. Sua obra caritativa se concretizou na assistência às comunidades carentes, como os Alagados, em Itapagipe, e na invasão a cinco casas, na Ilha dos Ratos, para abrigar doentes, e ainda ocupou o galinheiro do Convento Santo Antônio, para onde levou cerca de 70 pessoas doentes. Para socorrer os pobres não media obstáculos, nem poupava a sua saúde, sempre debilitada. Fundou também a primeira organização operária católica da Bahia, em 1936 – a União Operária de São Francisco. O trabalho assistencial de Irmã Dulce se expandiu com a fundação da Associação Obras Sociais da Irmã Dulce, que contempla o Albergue Santo Antônio e o Hospital. Falecida em 13 de março de 1992, aos 77 anos, sua vida foi marcada pela dedicação aos doentes, albergados, deficientes e órfãos. Após sua morte, casos extraordinários de curas foram revelados, justificando a decisão de Vaticano, através do Papa Bento XVI, de considerá-la Venerável. Após ser reconhecido o segundo milagre, foi-lhe concedido o título de Bem Aventurada Dulce dos Pobres. Com o decreto do Papa Francisco, a beata será proclamada SANTA”, finaliza o deputado Marquinho Viana.