- Foto: Patrick Cassiano/Blog Regional
- 17 // Jun // 2021
- 17h34
Alvo de um processo disciplinar instaurado sob alegação de falta de decoro parlamentar, o deputado Capitão Alden (PSL) enviou ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Assembleia Legislativa, na última terça-feira (15), a documentação correspondente à sua defesa. A informação foi divulgada na manhã desta quarta-feira (16) pelo presidente do Conselho, deputado Marquinho Viana (PSB), em nova reunião ordinária do colegiado. Segundo Viana, a defesa do representado foi enviada com antecedência em relação ao prazo limite desta quinta (17). O processo ético-disciplinar contra o deputado Capitão Alden (PSL) foi aberto atendendo um pedido assinado pelos 11 deputados da bancada de oposição da ALBA por causa de um vídeo divulgado por ele nas redes sociais. No vídeo, Capitão Alden acusa os parlamentares de oposição de receberem dinheiro da Prefeitura de Salvador. “Se eu ficasse na minha, sem fazer nada eu tava feito na vida, recebendo R$ 1,6 milhão da prefeitura que os deputados de oposição todos ganham”, disse ele, no vídeo veiculado nas redes sociais no último dia 27 de abril. Na representação que deu origem ao processo, os deputados da oposição argumentam que Capitão Alden, “de forma leviana e irresponsável”, aponta possíveis condutas criminosas aos seus pares, companheiros de bancada. Em pronunciamento de abertura da reunião ordinária desta quarta, Marquinho Viana informou ainda que a defesa de Alden foi encaminhada para todos os membros titulares e suplentes do Conselho de Ética da ALBA via sistema Paperless, sob protocolo 2021105498. Além do presidente Marquinho Viana e do vice, Sandro Régis (DEM), são membros titulares do Conselho de Ética os seguintes deputados: Luciano Simões Filho (DEM), Aderbal Caldas (PP), Euclides Fernandes (PDT), Bobô (PC do B), Fabíola Mansur (PSB) e Zé Raimundo (PT). O colegiado tem também como membros suplentes os deputados Eduardo Alencar (PSD), Eduardo Salles (PP), Fátima Nunes (PT), Neusa Cadore (PT), Samuel Jr. (PDT), Tiago Correia (PSDB) e Vitor Bonfim (PL). Ainda de acordo com Viana, o Conselho procurou atender todas as solicitações do Capitão Alden no que tange a cessão de informações e materiais a fim de não gerar obstáculos para a construção da defesa pelo deputado do PSL. “Atendemos praticamente todos pedidos dele. Inclusive, enviamos uma mídia com o conteúdo gravado por ele mesmo. Só não foi possível acatar o pleito de sigilo de Justiça. Capitão Alden queria que as sessões do Conselho de Ética e Decoro em relação ao seu processo disciplinar fossem realizadas às portas fechadas, mas isso não foi acatado por unanimidade”, afirmou.