Governo estuda retirar R$ 11 bi da educação básica e Bacelar dispara: 'irresponsáveis'
As projetos de Jair Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes, reveladas ontem pelo O Estado de São Paulo não atingem apenas o bolso da população brasileira. A educação básica também está ameaçada. Em uma nova matéria publicada nesta quinta-feira (27), o jornal afirma que a equipe do Ministério da Economia propõe, entre outras medidas, a redução da complementação do novo Fundeb de 2% para 0,5%, em 2023 e 2024. Um prejuízo de R$ 11 bilhões na educação básica pública nesses dois anos. A notícia preocupou ainda mais o deputado federal Bacelar (PV), um dos principais defensores da educação na Câmara. Para ele, Bolsonaro e sua equipe econômica são irresponsáveis e afirma que inconcebível retirar investimentos da educação já que a proposta não impactaria diretamente no teto de gastos. “É inconstitucional e representa um retrocesso enorme para a educação pública. O novo Fundeb foi conquistado depois de muita luta e não vamos deixar se perder desse modo” afirmou o parlamentar. Para tentar amenizar o prejuízo, a equipe econômica de Guedes sugeriu prolongar no tempo a regra que exige crescimento de 2% do investimento da União até chegar a 23% a participação do governo federal no fundo. “Não adianta. Nossas crianças precisam de investimentos é agora. A educação precisa ser prioridade. Enquanto isso não acontecer, nossos alunos não conseguirão recuperar o tempo perdido durante a pandemia” disse. Na avaliação de Bacelar, o que Bolsonaro tenta fazer é esconder os problemas das políticas de assistência social retirando recursos de um lugar para colocar em outro. “Mas, vale lembrar que o mesmo desgoverno que agora tenta retirar verbas da educação básica, e, enquanto isso, os mais ricos continuam com suas rendas intactas” finalizou.
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