A Justiça determinou que o empresário Tharcísio Aguiar, acusado de atropelar e causar a morte da dentista Ranitla Bonella, de 23 anos, em junho do ano passado, será submetido a júri popular. A data do julgamento ainda não foi definida. O trágico incidente ocorreu na BA-001, na cidade de Ilhéus, região sul da Bahia. Apesar de ter sido preso por oito meses, Tharcísio Aguiar foi posteriormente liberado. O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) denunciou Tharcísio por homicídio duplamente qualificado e solicitou que ele fosse julgado pelo Tribunal do Júri, posição compartilhada pelos advogados da família de Ranitla. Por sua vez, a defesa do acusado sustentou que ele deveria ser julgado por homicídio culposo, uma vez que alega que não houve intenção de causar a morte. O acidente ocorreu em 11 de junho, e dois dias depois, Tharcísio se apresentou à delegacia de Ilhéus. Além da prisão preventiva, a Justiça também suspendeu a habilitação do acusado. Ranitla Bonella era uma recém-formada dentista que estava na cidade para realizar uma especialização em ortodontia. Ela foi atingida pelo veículo enquanto atravessava a rodovia, utilizando uma faixa de segurança. O impacto foi tão violento que a jovem foi arremessada e colidiu contra um guard rail. Em uma nota publicada nas redes sociais, Tharcísio Aguiar expressou seu pesar pelo ocorrido, alegando que parou no local do acidente, mas não permaneceu para prestar socorro devido a ameaças recebidas. O caso gerou comoção na região e entre os profissionais da área de saúde. Agora, o aguardado julgamento no Tribunal do Júri determinará o desfecho do processo e a responsabilização do acusado pelos acontecimentos trágicos que ceifaram a vida da jovem dentista.