A ex-vereadora Maria Creusa Silva, conhecida como Creuza de Permínio e filiada ao PL, enfrentou um julgamento por júri popular na última quarta-feira (23) na cidade de Barra da Estiva, na Chapada Diamantina, Bahia. Ela estava sendo acusada de homicídio qualificado e ocultação de cadáver no caso do lavrador Samuel Silva Machado, cujo corpo foi encontrado em sua fazenda após seu desaparecimento em 2007. O advogado Maurício Vasconcelos, representante da família da vítima, relatou que o conselho de sentença afirmou que Creuza de Permínio foi responsável pelo crime, reconhecendo a autoria do homicídio e a ocultação do corpo. Entretanto, o júri absolveu a ré por 4 votos a 3. Ela foi condenada a uma pena mínima de 1 ano pela ocultação de cadáver, que foi convertida em prestação de serviço à comunidade. A decisão do júri deixou a defesa perplexa, e eles estão considerando a possibilidade de entrar com um recurso para um novo julgamento. O advogado Vasconcelos argumentou que a decisão é incompatível e incompreensível, já que o júri reconheceu a autoria do crime, mas absolveu a ré. Ele descreveu o julgamento como contraditório e confuso. A família da vítima expressou sua surpresa e revolta com o veredito. Eles se sentiram violados e desapontados com o resultado, considerando que a oportunidade de justiça foi perdida. A família escreveu que se sentiu traída pela sociedade, que há pouco tempo clamava por justiça em outro caso, e agora, diante da chance de fazer justiça, tomou uma decisão contrária.