Monique Medeiros é transferida para nova unidade prisional após denúncias de ameaças
A professora Monique Medeiros, acusada de participação na morte de seu filho Henry Borel, foi transferida na última segunda-feira (28) do Instituto Penal Santo Expedito para a Penitenciária Talavera Bruce, no Complexo de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio de Janeiro. A transferência veio após a defesa de Monique apresentar novas denúncias de ameaças sofridas por ela na unidade prisional anterior. Monique e o ex-médico e ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, conhecido como Dr. Jairinho, aguardam julgamento pelas acusações de tortura e homicídio do menino de 4 anos, ocorrido no dia 8 de março de 2021. Ambos estão presos de forma preliminar. A decisão de transferência foi tomada pela juíza Elizabeth Machado Louro, titular do II Tribunal do Júri do Rio de Janeiro. Segundo a magistrada, a unidade prisional não respondeu às indagações sobre as alegadas ameaças, e por isso, ela determinou a imediata transferência da acusada para uma unidade mais segura. "Dado seu histórico de rejeição pelas demais internas em qualquer unidade em que já esteve", disse a juíza. A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou que já realizou a transferência e que cumprirá todas as decisões judiciais. No entanto, negou qualquer risco à integridade física de Monique Medeiros durante sua estadia no Instituto Penal Santo Expedito. Esta não é a primeira mudança no caso de Monique. Em abril do ano passado, ela havia sido liberada pela mesma juíza Elizabeth Louro para cumprir prisão domiciliar com monitoramento por tornozeleira eletrônica. Em junho, uma nova decisão judicial determinou o retorno de Monique ao presídio. Em agosto, ela foi liberada novamente por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas voltou à prisão após parecer do Supremo Tribunal Federal (STF) em julho deste ano. As contínuas mudanças nas decisões judiciais no caso de Monique Medeiros chamam atenção para a complexidade e sensibilidade do caso, que envolve acusações graves de tortura e homicídio. Com a nova transferência, a segurança de Monique dentro do sistema prisional volta a ser um ponto de foco, enquanto o julgamento pelo assassinato de seu filho ainda está pendente.
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