A Operação Resgate 3, um esforço conjunto de diversos órgãos para combater o trabalho escravo no Brasil, encontrou onze trabalhadores em situação precária na Bahia. Os trabalhadores aguardam negociações para receber seus direitos e indenizações. A operação, realizada em agosto de 2023, é a maior ação de combate ao trabalho escravo e tráfico de pessoas no Brasil. Envolve seis instituições, incluindo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério Público do Trabalho (MPT), e as Polícias Federal e Rodoviária Federal. Foram realizadas 222 inspeções em 22 estados e no Distrito Federal. Os trabalhadores foram encontrados em três locais diferentes na Bahia, incluindo residências suspeitas de trabalho escravo doméstico e propriedades rurais. Em Vitória da Conquista, uma mulher que trabalhava como doméstica foi resgatada. Em Cândido Sales, cinco pessoas foram resgatadas em uma carvoaria ilegal e no plantio de mandioca. Em Barra, cinco vigilantes foram encontrados em condições subumanas. Os trabalhadores resgatados estavam em condições precárias, sem acesso a água potável, e enfrentavam situações de risco à saúde e segurança. As negociações para pagamento de verbas rescisórias e indenizações por danos morais ainda estão em andamento. Em agosto, a Operação Resgate III retirou 532 trabalhadores de condições análogas à escravidão, com Minas Gerais, Goiás, e São Paulo registrando os números mais altos de resgates. Até o momento, aproximadamente R$ 3 milhões já foram pagos em verbas rescisórias e cerca de R$ 2 milhões em danos morais coletivos. A Operação Resgate 3 continua a revelar a extensão do problema do trabalho escravo no Brasil. Embora pagamentos e indenizações estejam em processo de negociação ou judicialização, o resgate desses trabalhadores é um passo significativo na luta contra a exploração trabalhista no país.