Perícia realizada por médico forense contratado por família de Hyara Flor contesta versão de inquérito da Polícia Civil
Um parecer emitido por perito contratado pela família da adolescente Hyara Flor, de 14 anos, contesta a conclusão do inquérito realizado pela Polícia Civil da Bahia, que apontou que o disparo que matou a adolescente foi realizado pelo cunhado da vítima, de 9 anos, de forma acidental. Segundo informações do g1, que teve acesso ao documento assinado pelo perito forense Eduardo Lianos, a pistola calibre 380 não pode ter sido disparada por uma criança de 9 anos. Conforme o perito, oriundo de São Paulo, o disparo que atingiu a vítima na região do pescoço provocou uma "zona de tatuagem" na região abaixo da cabeça. No documento, o profissional indica que ao ser disparado em curta distância da vítima, o projétil provocou a saída de gases e resíduos expelidos pelo cano da arma. Um dos argumentos utilizados pelo perito contratado pela família de Hyara é de que a diferença de altura entre Hyara Flor e o cunhado, de apenas 9 anos, obrigaria a criança a realizar um disparo de baixo para cima, permitindo a presença de uma "zona de tatuagem" em grande parte do pescoço, em torno do ferimento. De acordo com o documento acessado pelo g1, o perito da Polícia Civil concluiu apenas a zona de tatuagem apenas na região abaixo da cabeça. Além disso, o parecer contestatório aponta faltam no inquérito ou são insuficientes outras provas, como, por exemplo, o trajetória e trajeto balístico; resposta as perícias de DNA e digitais na arma; reprodução Simulada; perícia do aparelho telefônico da vítima, e a constatação da exata vertebra cervical onde ficou alojado o projétil. O perito forense responsável pelo parecer de contestação atuou em casos de grande repercussão como a morte da mãe do menino Bernardo Boldrini e de Felipe Vieira Nunes, de 30 anos, morto pela PM durante a Operação Escudo, em Guarujá, no litoral de São Paulo, em julho deste ano.
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