PIB DO AGRONEGÓCIO BAIANO REGISTRA RETRAÇÃO NO SEGUNDO TRIMESTRE DE 2023
O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio na Bahia apresentou uma retração no segundo trimestre de 2023, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (18) pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). O setor totalizou R$ 32,7 bilhões, representando 28,8% do PIB estadual. No mesmo período do ano passado, o agronegócio equivalia a 32% do PIB baiano, o que indica uma queda de 3,2 pontos percentuais na participação. Conforme o relatório da SEI, a perda de participação se deve, principalmente, a uma queda significativa nos preços dos produtos agropecuários. Além disso, houve uma retração nominal de 6,1% quando comparado com o segundo trimestre do ano corrente, o que equivale a uma diminuição de R$ 2,1 bilhões. Dentre os agregados do setor, a agropecuária (Agregado II) foi a mais impactada, registrando a maior queda de participação no PIB total — de 18,1% para 14,8%. Em contrapartida, apenas o setor de distribuição e comercialização (Agregado IV) aumentou sua participação na economia baiana, saindo de 8,6% para 8,9% do PIB total. "Essa queda nos preços foi mais acentuada do que o crescimento real, que foi de 4,6%. Ou seja, tivemos uma retração média de 10,3% nos preços do agronegócio", explicou João Paulo Caetano, coordenador de Contas Regionais da SEI. O segundo trimestre é considerado estratégico para o agronegócio baiano, período em que a maior parte da produção agropecuária local acontece. "O impacto da retração não afeta somente a agropecuária, mas reverbera em toda a cadeia de produção e distribuição", declarou o órgão. Os dados ressaltam a necessidade de estratégias robustas para contornar as variações do mercado e fortalecer o agronegócio na Bahia. Com uma significativa contribuição para o PIB estadual, a saúde do setor é fundamental para o bem-estar econômico da região.
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