O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está realizando uma série de reuniões ministeriais setoriais com o objetivo de preparar um balanço anual dos trabalhos do governo. Durante um encontro que contou com a presença dos ministros da área de infraestrutura, além do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do chefe da Casa Civil, Rui Costa, o presidente anunciou sua intenção de conduzir outras duas reuniões com os ministros dos setores de serviços e social antes da reunião geral de balanço. Lula enfatizou a necessidade de coordenar as ações e comunicações do governo, apontando falhas passadas na forma como os anúncios eram feitos e sublinhando que as propostas ministeriais devem ser convertidas em propostas de governo. Ele adotou um tom crítico ao pedir que ideias "geniais" dos ministros sejam discutidas internamente antes de se tornarem públicas. O presidente não detalhou os erros de 2023 nem especificou quem seriam os "adversários" que agora estão no radar do governo. No entanto, o ano foi marcado por uma aliança mais forte com o centrão, evidenciada após algumas derrotas no Congresso e a demissão de ministras da sua confiança, como as titulares das pastas de Turismo e Esporte, Daniela Carneiro e Ana Moser, respectivamente. Isso abriu espaço para aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), com as nomeações de Celso Sabino (União Brasil) para o Turismo, André Fufuca (PP) para o Esporte, e Silvio Costa Filho (Republicanos) para os Portos e Aeroportos. Visando as eleições municipais de 2024, Lula anunciou planos para viajar pelo país e inaugurar obras. As iniciativas governamentais de destaque incluem o Novo PAC, lançado em agosto com um orçamento de R$ 1,7 trilhão, e o programa Minha Casa Minha Vida. A Folha aponta, contudo, que muitas das obras anunciadas no Novo PAC são, na verdade, retomadas de projetos paralisados ou inacabados das gestões anteriores do PT, representando quase metade da lista divulgada.