Relatório da Defensoria Pública revela atraso em atendimento a preso na Papuda
Um relatório da Defensoria Pública do Distrito Federal levantou questões sobre o atendimento médico na Papuda, principalmente após a morte de Cleriston Pereira Da Cunha, de 46 anos, que faleceu após passar mal durante o banho de sol na segunda-feira (20). Cleriston, réu acusado de participar dos ataques golpistas de 8 de janeiro, estava sob custódia preventiva por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Segundo o relatório, no dia do falecimento de Cleriston, a área de saúde do Centro de Detenção Provisória 2 estava fechada, e os presos relataram um atraso de cerca de 40 minutos no atendimento. A Defensoria visitou o local para avaliar aspectos relacionados à saúde e bem-estar dos detentos, como alimentação, higiene e contato com familiares. Os defensores que visitaram a cela de Cleriston ouviram dos presos que o atendimento foi tardio e que não havia equipamentos essenciais para primeiros socorros, como desfibrilador e cilindro de oxigênio. Eles relataram que o socorro inicial foi prestado por dois detentos, um médico e um dentista. A versão dos responsáveis pela penitenciária, no entanto, afirma que o atendimento foi rápido. A Vara de Execuções Penais documentou que Cleriston teve um mal súbito por volta das 10h, com o Samu e o Corpo de Bombeiros chegando ao local às 10h18. Apesar dos esforços, o óbito foi declarado às 10h58. Paralelamente, o ministro Moraes, na quarta-feira (22), concedeu liberdade provisória a quatro réus envolvidos nos ataques de 8 de janeiro, seguindo parecer favorável da Procuradoria-Geral da República. Esta decisão afeta Jaime Junkes, Tiago dos Santos Ferreira, Wellington Luiz Firmino e Jairo de Oliveira Costa. A situação na Papuda e as decisões do STF continuam sendo acompanhadas de perto por familiares e entidades de direitos humanos.
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