• Foto: Alan Santos/PR
  • 23 // Fev // 2024
  • 00h11

Bolsonaro opta pelo silêncio em depoimento sobre planos de golpe de estado

Durante o seu depoimento à Polícia Federal sobre os planos discutidos para um golpe de Estado contra a eleição de Lula à Presidência da República, o ex-presidente Jair Bolsonaro optou por permanecer em silêncio. Sua estratégia de não responder às perguntas havia sido adiantada pela sua defesa, que alegou não ter acesso a todos os documentos obtidos pela investigação, incluindo os depoimentos prestados por Mauro Cid no âmbito da delação premiada. A defesa de Bolsonaro solicitou três vezes ao STF para adiar a data da oitiva, porém, todos os pedidos foram negados pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso. Moraes destacou que embora a Constituição Federal assegure o direito ao silêncio, não permite a recusa prévia e genérica à observância de determinações legais. Bolsonaro chegou à sede da PF em Brasília e, após confirmar sua decisão de se manter em silêncio, o depoimento foi encerrado. A investigação da Polícia Federal sobre os planos de golpe de Estado começou após a descoberta de uma minuta de decreto na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, em janeiro de 2023. Segundo a PF, Bolsonaro teve acesso a versões da minuta golpista e chegou a pedir modificações no texto, apresentando a proposta aos chefes militares para sondar um possível apoio das Forças Armadas à empreitada. A primeira versão do texto foi apresentada por seu assessor Filipe Martins e o padre José Eduardo de Oliveira e Silva em uma reunião no Palácio da Alvorada em novembro de 2022. De acordo com a PF, Bolsonaro fez ajustes na minuta do decreto e apresentou a nova versão aos Comandantes das Forças Militares no Palácio da Alvorada em dezembro de 2022. O ex-presidente incentivou o núcleo de desinformação e ataques ao sistema eleitoral, composto por assessores e militares, visando criar um ambiente propício para o golpe de Estado.

Comentários

  • José sinval Rocha da Silva
    23 // Fev // 2024

    Bom dia. Esse vagabundo genocida, quer ganhar tempo, para não ir para cadeia mais rápido. Mas, a papuda espera por ele. Sinval

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