Uma pesquisa da Genial/Quaest revelou que a avaliação negativa do governo Lula no mercado financeiro tem aumentado. O índice de reprovação subiu de 52% para 64%, enquanto a avaliação "regular" caiu de 39% para 30%, e a aprovação diminuiu de 9% para 6%. Os dados foram coletados entre os dias 14 e 19 de março, período marcado pelas tentativas do governo de interferir na troca de comando da Vale e na decisão da Petrobras de reter dividendos extraordinários, a pedido de Lula. Para 50% dos entrevistados, o intervencionismo na economia representa o maior risco no governo Lula. A pesquisa ouviu gestores, economistas, operadores e analistas em 101 entrevistas com fundos de investimento em São Paulo e no Rio de Janeiro. A maioria dos participantes considerou um erro a decisão da Petrobras de não pagar dividendos extraordinários, e 85% acreditam que terá impacto negativo na bolsa de valores. Sobre a Vale, 89% dos entrevistados acreditam que os investimentos estrangeiros no Brasil diminuirão se houver interferência no mineradora. A avaliação da imagem do Brasil no exterior piorou para 45% dos entrevistados após os comentários de Lula sobre a Faixa de Gaza. Apesar da avaliação negativa do governo Lula, a opinião sobre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, melhorou, sendo considerada positiva por metade dos participantes. A aprovação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também subiu.