O governo brasileiro sob a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) optou por não condenar publicamente o ataque do Irã a Israel no último sábado (13). Em vez disso, o Ministério das Relações Exteriores emitiu uma nota expressando "grave preocupação" com o evento e apelando a todas as partes envolvidas por máxima contenção para evitar uma escalada do conflito. A nota do Itamaraty destacou a preocupação com os relatos do envio de drones e mísseis do Irã em direção a Israel, alertando sobre o potencial destrutivo das hostilidades na região e a necessidade de evitar o alastramento do conflito para outros países vizinhos. O governo brasileiro também recomendou que sejam evitadas viagens não essenciais à região e orientou os brasileiros que já estão no Oriente Médio a seguirem as orientações das embaixadas brasileiras. Até o momento, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, foi o único integrante do governo a se manifestar individualmente sobre o assunto, condenando a ação militar do Irã e também pedindo o fim dos ataques de Israel em Gaza. Essa postura do governo brasileiro reflete uma série de atritos e discordâncias históricas com Israel, especialmente a partir das declarações de Lula comparando o conflito entre Israel e o Hamas ao holocausto judeu. Esses atritos se intensificaram ao longo dos anos, culminando em ações diplomáticas, como a convocação do embaixador brasileiro em Israel para uma reprimenda pública no Memorial do Holocausto após as declarações de Lula.