O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prevê um salário mínimo de R$ 1.502 para o ano que vem, conforme informações de interlocutores do governo ouvidos pela Folha de S.Paulo. Esse valor segue a fórmula de correção da política de valorização do salário mínimo, que considera o reajuste pela inflação de 12 meses até novembro do ano anterior somado à variação do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes. Em 2023, o PIB teve um aumento de 2,9%. Essa previsão está sendo balizada para as contas do PLDO (Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2025, que será encaminhado ao Congresso Nacional nesta segunda-feira (15). Se confirmado, esse valor representará um aumento de 6,37% em relação ao salário mínimo atual, que desde 1º de janeiro de 2024 é de R$ 1.412. Essa cifra foi atualizada por meio de um decreto de Lula, que aplicou a regra prevista na nova lei de valorização do salário mínimo, aprovada no ano passado. É importante destacar que a previsão para 2025 ainda pode sofrer alterações ao longo do ano, dependendo das variações na estimativa para a inflação e de eventuais revisões do desempenho do PIB de 2023 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Uma nova estimativa será encaminhada com a proposta orçamentária, prevista para 31 de agosto. O índice de preços usado para corrigir o salário mínimo é o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que mede a inflação percebida por famílias com renda de até cinco salários mínimos. O governo estima que o INPC avance 3,25% no acumulado deste ano. Apesar de ser favorável aos trabalhadores, a política de valorização do salário mínimo pode pressionar o arcabouço fiscal nos próximos anos, conforme as despesas com benefícios da Previdência, em sua maioria indexadas ao salário mínimo, tendem a aumentar.