O senador Jaques Wagner (PT-BA) expressou críticas ao Projeto de Lei 1904/24, conhecido como PL do Aborto, na manhã desta sexta-feira (14). Segundo o parlamentar, a proposição "tem função de criar um escândalo mentiroso". O texto, aprovado em regime de urgência na Câmara dos Deputados na quarta-feira (12), equipara o aborto de gestação acima de 22 semanas ao homicídio e foi apresentado pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). Wagner destacou que algumas pautas do Congresso vinculadas ao grupo ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro têm a função de criar um escândalo fictício para promover lutas políticas em temas sensíveis. Ele mencionou a mistura de filosofia, espiritualidade e política no debate sobre o tema, questionando a comparação entre o aborto e o crime de homicídio. O senador também dirigiu suas declarações aos evangélicos, enfatizando que Deus e Cristo não pregaram ódio e violência entre pessoas, e que isso é uma manipulação política da boa-fé das pessoas. "Eu espero que o povo desperte para isso, estou me referindo até ao povo especificamente evangélico. Deus e Cristo nunca pregaram esse ódio entre pessoas, essa violência entre pessoas, isso tudo é mentira de quem quer fazer fatura política em cima da boa-fé e da ingenuidade da nossa gente", concluiu Wagner.