• Foto: Rodolfo Loepert/Divulgação Prefeitura do Recife/Arquivo
  • 26 // Jan // 2025
  • 17h00

Reforma administrativa de João Campos cria 423 novos cargos na gestão municipal

A recente reforma administrativa promovida pela gestão do prefeito João Campos (PSB), aprovada pela Câmara Municipal do Recife, criou 423 novos cargos comissionados, elevando o total para 3.555. Com esse número, a administração municipal agora supera em cargos comissionados o governo de Pernambuco, comandado por Raquel Lyra (PSDB), que possui 3.378 postos desse tipo. A medida gerou críticas da oposição, que alega tratar-se de uma estratégia política visando as eleições de 2026. O impacto financeiro anual do aumento é estimado em R$ 69,7 milhões. Vereadores da oposição, como Eduardo Inojosa (Novo), classificaram a medida como “cabide de emprego” e destacaram que, proporcionalmente, Recife tem 636% mais cargos comissionados por habitante que o governo estadual. Por outro lado, a Prefeitura justificou que a reforma foi necessária para atender às novas demandas da cidade. Em nota, afirmou que o impacto representa menos de 1% da Receita Corrente Líquida do município e que a despesa com pessoal está em 41,62% da receita, o menor patamar da história. Além disso, destacou a abertura de mais de 3.000 vagas efetivas por meio de concursos públicos nos últimos quatro anos. Entre os novos cargos criados, estão nomeações de figuras políticas com histórico relevante, como a ex-prefeita de Surubim, Ana Célia (PSB), que assumiu como secretária-executiva de Planejamento e Articulação Social, e Vinicius Castello (PT), ex-candidato à Prefeitura de Olinda, que foi nomeado secretário-executivo de Infraestrutura. A medida reforça a base política de Campos e já é vista como um movimento estratégico para as eleições estaduais de 2026, quando o prefeito deverá enfrentar Raquel Lyra na disputa pelo governo de Pernambuco. Enquanto isso, o debate sobre o uso de cargos comissionados e seu impacto nos cofres públicos continua a dividir opiniões.



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