A Polícia Federal cumpriu mandado de prisão preventiva contra o ex-presidente da Valec, Juquinha das Neves, na manhã desta sexta-feira (2), em Goiânia. Juquinha já havia sido conduzido coercitivamente à sede da Polícia Federal, em Goiânia, no último dia 25 de maio, dentro da Operação De Volta aos Trilhos, realizada pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal, em Goiás e Mato Grosso. No mesmo dia o filho dele, o empresário Jader Ferreira das Neves, e o advogado Leandro de Melo Ribeiro foram presos. Segundo o G1, o Ministério Público Federal informou que mesmo depois de condenados à prisão, Juquinha e Jader “continuaram a lavar dinheiro da propina", além disso, eles produziam provas falsas no processo para ludibriar o juízo e assegurar impunidade, além de custearem parte de sua defesa técnica (advogados) com dinheiro de propina. Pai e filho pegaram, neste ano, respectivamente, 10 e 7 anos de reclusão, por formarem quadrilha e lavarem de dinheiro nas obras de construção da Ferrovia Norte-Sul, praticados por Juquinha quando presidiu a Valec. A operação De Volta aos Trilhos é um desdobramento das investigações da Lava Jato e nova etapa das operações O Recebedor e Tabela Periódica. Conforme os procuradores da República, a ação baseia-se em acordos de colaboração premiada assinados com o MPF pelos executivos das construtoras Camargo Corrêa e da Andrade Gutierrez, que confessaram o pagamento de propina a Juquinha das Neves. Ao G1, a Valec informou em nota, que "as irregularidades que motivaram a operação referem-se a períodos em que a empresa era gerida por outra Diretoria. Quando foi deflagrada a operação “O Recebedor”, a atual diretoria da Valec instituiu internamente uma Comissão Especial de Acompanhamento e Apuração com a finalidade de acompanhar fatos investigados e mantém seu compromisso com a probidade, a ética e a transparência no exercício da atividade pública".