Vaqueiro já matou mais de 80 cães a tiros e com crueldade na Bahia, diz Ong
Um exterminador de cães confesso que tem certeza da impunidade. Esse seria o perfil do vaqueiro de uma fazenda da cidade de Central, no Centro Norte baiano, que, segundo uma Ong de defesa dos animais, admite já ter matado mais de 80 cachorros na região. Em alguns casos, as histórias envolvem deliberada crueldade, conforme relatam também moradores ouvidos pelo CORREIO. “Soubemos que certa vez ele amarrou uma cadela no cio e, de cima de uma árvore, ele baleava um a um os animais que se aproximavam. Além disso, fomos informados que o vaqueiro amarrou duas cadelas em sua moto e saiu arrastando-as na cidade até a morte”, afirmou a integrante da Ong Terra Verde Viva, Ana Rita Tavares. Vereadora de Salvador, ela chegou a viajar para Central para acompanhar o depoimento do suspeito, que não teve o nome divulgado, sobre as denúncias. Formalmente, o homem é acusado de atirar em quatro cães – três deles acabaram morrendo –, mas o que se comenta na cidade é que o vaqueiro, conhecido como Neguinho, já exterminou mais 80 cachorros. No depoimento, segundo a representante da Ong, ele confirmou o número de mortes. De acordo com a ocorrência registrada por maus tratos a animais na delegacia local, o motivo dos ataques é o fato de os cachorros terem, supostamente, mordido ovelhas da fazenda onde o suspeito trabalha, no povoado de Tanque Novo. A ocorrência mais recente contra Neguinho foi registrada no dia 5 do mês passado. O motorista Ilário Francisco da Silva, 51 anos, contou ao delegado Heloísio Lacerda que o cachorro dele foi baleado pelo vaqueiro no dia 28 de junho. O animal foi atingido com tiros de espingarda do tipo socadeira. O cão acabou ficando cego de um olho e teve duas balas alojadas – uma na cabeça e outra na pata esquerda. O animal foi medicado na cidade vizinha de Irecê, mas não resistiu aos ferimentos. Morreu dias depois do registro da ocorrência. Ilário disse ainda que antes do ataque ao seu cão, outros dois cachorros da família foram baleados por Neguinho. Eram cães que ficavam na casa da mãe dele e que também acabaram morrendo. O CORREIO ligou para a delegacia, mas não conseguiu falar com o delegado Heloísio Lacerda. Um agente do plantão disse que ele não estava, mas informou que outra queixa foi registrada por maus tratos a animais contra o vaqueiro. “Foi no mesmo povoado. Só que o animal não morreu”, declarou. Segundo ele, a queixa foi prestada por um morador identificado como Paulo Vinícius.
Comentários
Juliana Costa silva
01 // Ago // 2017Isso é um absurdo,essa pessoa se considera um doente que mais do que nada merece ser punido .agora te pergunto cadê o as leis.