O Ministério Público Federal (MPF) denunciou, nesta terça-feira (15), 32 pessoas suspeitas de integrar um esquema de venda de vagas no curso de medicina na Universidade Brasil. O esquema foi descoberto pela Polícia Federal durante a Operação Vagatomia, em Fernandópolis (SP). De acordo com o MPF, além da venda de vagas no curso, os suspeitos também faziam contratação fraudulenta por meio do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). As investigações apontam que os prejuízos para a União cheguem a R$ 500 milhões. Os envolvidos cobravam até R$ 120 mil por aluno para garantir a matrícula sem processo seletivo e para enquadrar no programa de financiamento estudantil pessoas que não teriam direito ao benefício. A Universidade Brasil informou em nota ao G1 que “continua à disposição da Justiça para quaisquer esclarecimentos”. O MPF ajuizou ainda outras duas denúncias contra parte do grupo pelos crimes de falsidade ideológica e fraude processual, devido às tentativas de obstruir as investigações. Em nota, o Ministério da Educação reitera que tem colaborado com as investigações e se mantém à disposição da Polícia Federal e Ministério Público Federal. O MEC informou ainda que foi instaurado processo administrativo e a instituição foi suspensa cautelarmente para novos contratos do Fies e bolsas do Prouni.