• Foto: Divulgação/Polícia Federal
  • 27 // Ago // 2020
  • 17h38

Operação da PF contra esquema de tráfico de pássaros silvestres cumpre mandados na Bahia e Minas Gerais

Uma operação deflagrada na manhã desta quinta-feira (27) pela Polícia Federal cumpriu 20 mandados de busca e apreensão e medidas cautelares em cidades da Bahia e de Minas Gerais. A ação, batizada de Ajuruetê, visa desarticular esquema criminoso de tráfico de pássaros silvestres, e é realizada em parceria com o Ibama, o ICMBio e Inema-BA, com o apoio da Polícia Militar da Bahia. De acordo com a PF, os mandados de busca e medidas cautelares foram cumpridos nas cidades de Itambé, Cândido Sales, Encruzilhada, Poções e Maracás, na Bahia; e em Divisópolis, Chapada Gaúcha, Riachinho, São Romão, Santa Fé de Minas, Brasilândia de Minas, Contagem, Ribeirão das Neves e Belo Horizonte, em Minas Gerais. Ainda de acordo com informações da PF, um dos investigados, que não teve nome divulgado, já foi preso pela Polícia Federal e autuado diversas vezes pelo Ibama, sendo considerado um dos maiores traficantes de psitacídeos – família à qual pertencem os papagaios, periquitos e araras – do país. As multas aplicadas pelo Ibama ao homem superam R$ 1,6 milhão. As investigações tiveram início após a prisão em flagrante de um traficante de animais silvestres em Caruaru (PE), no ano de 2018, na oportunidade, verificou-se que a maioria dos fornecedores de pássaros para o referido indivíduo era da região sudoeste da Bahia. A partir de então, já em 2019, as investigações confirmaram a existência de uma extensa rede de traficantes de pássaros silvestres com atuação especialmente nos estados da Bahia e de Minas Gerais. A PF destacou que foram obtidos indícios de que parte dessas aves estivessem sendo capturadas em unidades de conservação federais, como o Parque Nacional de Boa Nova, na cidade de Boaba Nova, Bahia; e no Parque Nacional Grande Sertão Veredas, localizado na divisa entre Minas Gerais e Bahia. Entre meados de 2019 e o início de 2020, foram realizados sete flagrantes de tráfico, que resultaram na lavratura de termos circunstanciados de ocorrência e na apreensão de 824 pássaros, sendo a maioria papagaios (que possuem maior valor no mercado ilegal), mas também de araras e até de tucanos, muitos dos pássaros ainda filhotes.

 



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