Eleições 2022: Novo partido de Bolsonaro, PL continua sem acordo para o governo da Bahia
Chegando à última semana de janeiro, o Partido Liberal (PL) ainda não selou completamente suas alianças para as eleições de outubro na Bahia. Desde novembro especulando apoiar a candidatura de João Roma (Republicanos), quando recebeu a filiação de Jair Bolsonaro juntamente a indicação presidencial ao nome de Roma, o partido continua batendo cabeça com seus representantes no estado. Tudo porque o nome de Roma, defendido pelo presidente ao governo, nunca foi unanimidade dentro do partido, principalmente depois de ter decidido se manter no Republicanos. Com isso, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, deu carta branca aos deputados que optarem pelo apoio a ACM Neto (DEM), pré-candidato que é citado como um dos principais nomes na corrida pelo Palácio de Ondina ao lado do senador Jaques Wagner (PT). Ao mesmo tempo, porém, enquanto confirmava que não participará da Convenção Nacional do PL em Brasília, no próximo sábado (29) – em que os liberais devem tentar novamente chegar a um consenso -, o presidente estadual da sigla José Carlos Araújo desconversou sobre o assunto. ”O presidente [Bolsonaro] tem tido conversas conosco a respeito do apoio à pré-candidatura dele [Roma], que é do Republicanos. Mas não existe martelo batido ainda”, comentou o líder liberal. Se Araújo não garantiu o aval a Roma dentro do próprio diretório, o deputado Abílio Santana foi categórico ao dizer que seu candidato na Bahia é ACM Neto ”até debaixo d’água”, reforçando que estará acompanhado de “150 mil membros da Assembleia de Deus Ministério de Madureira de toda nossa Bahia”. Para Abílio, “ficar em cima do muro é para [sic] politiqueiros, e não para políticos”, concluiu. Apenas em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto – atrás do atual senador Jaques Wagner (PT) e do ex-prefeito de Salvador ACM Neto (DEM) -, João Roma pode apadrinhar sua esposa, Roberta Roma, também do Republicanos, para a Câmara dos Deputados e seu atual chefe de gabinete Victor Azevedo para a Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), como plano ”B” e ”C” caso concorra ao governo no próximo mês de outubro. A expectativa é que ele não perca ascendência sobre a vaga de deputado, da qual está licenciado para ocupar o Ministério da Cidadania, e ainda garante um aliado na AL-BA.
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