Ação do MP pede que PRF não atue em operações fora de rodovias
Após a operação conjunta na Vila Cruzeiro, no bairro da Penha, no Rio de Janeiro, o Ministério Público Federal ingressou, na terça-feira (31) com ação civil pública, em regime de urgência, para que a Polícia Rodoviária Federal seja proibida de atuar em operações conjuntas dentro de comunidades e no perímetro urbano em todo o país. Em caso de descumprimento, o MPF pede que seja aplicada pena de multa de R$ 1 milhão por operação realizada em desconformidade. O pedido refere-se a operações que envolvam órgãos das esferas federal, estadual, distrital ou municipal, fora das rodovias e estradas federais, conforme normas que estabelecem as competências atribuídas à PRF pela Constituição Federal. "A legislação que rege a matéria não conferiu ao Ministro da Justiça e Segurança Pública o poder normativo de elastecer as atribuições da Polícia Rodoviária Federal, alterando-lhe o âmbito da competência territorial ou em razão da matéria", destaca o procurador da República Eduardo Benones, autor da ação. A operação na Vila Cruzeiro foi realizada em conjunto entre a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro e terminou com 23 mortos. Ela é considerada a segunda operação mais letal do estado.
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