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  • 30 // Jan // 2024
  • 10h50

Governo central fecha 2023 com segundo maior déficit primário da história

O Governo Central, composto pelo Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, encerrou o ano de 2023 com o segundo maior déficit primário desde o início da série histórica. O resultado negativo atingiu R$ 230,54 bilhões, ficando atrás apenas do ano de 2020, quando o déficit alcançou R$ 743,25 bilhões devido aos impactos da pandemia de covid-19. O déficit primário representa o saldo negativo das contas do governo, excluindo os juros da dívida pública. A quitação de precatórios, após um acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF), foi um fator significativo para esse desempenho. Segundo o Tesouro Nacional, sem os pagamentos de precatórios, o déficit teria sido de R$ 138,1 bilhões, equivalente a 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB). O socorro financeiro de aproximadamente R$ 20 bilhões destinado a estados e municípios também impactou nas contas, reduzindo o déficit para R$ 117,2 bilhões, representando 1,1% do PIB. No mês de dezembro de 2023, o déficit primário atingiu a marca de R$ 116,15 bilhões, impulsionado pela quitação dos precatórios em atraso. Esse montante representa o maior déficit registrado para o mês desde o início da série histórica em 1997. É importante destacar que as dívidas do governo referentes aos precatórios, que são débitos com sentença judicial definitiva, foram objeto de parcelamentos ou adiamentos após uma emenda constitucional em 2021. O governo optou por quitar essa dívida no ano passado, visando evitar um passivo de R$ 250 bilhões ao final de 2026.