As negociações entre o ex-ministro da Cidadania, João Roma, e o prefeito Bruno Reis para apoiar a reeleição deste último ainda estão envoltas em sigilo. Embora não tenha sido revelado o teor exato do acordo, Roma aguarda que o combinado seja cumprido. As especulações sugerem que Roma poderia indicar a Secretaria de Saúde ou obter controle sobre uma ou duas prefeituras-bairro. Entretanto, a segunda opção parece mais provável devido à fragilidade política e administrativa de Roma, originada de sua campanha malsucedida ao governo da Bahia e sua associação com o ex-presidente Bolsonaro. A falta de peso político de Roma torna-o uma peça menos relevante na sucessão municipal. O interesse de Bruno Reis em manter Roma como aliado reside no acesso ao tempo de TV e aos recursos do fundo eleitoral do Partido Liberal (PL), legados de sua ligação com o governo anterior. Roma precisa se apegar a Bruno para evitar o desaparecimento político nos próximos anos, pois sua eleição à Câmara dos Deputados em 2022 foi mais devido à estrutura de apoio do que à identificação com o bolsonarismo. O futuro político de Roma está intimamente ligado à sua capacidade de se manter relevante na esfera política baiana, principalmente com concorrentes como o deputado Capitão Alden, potencial sucessor na presidência do PL baiano.