Vida dos animais em risco!
O município de Livramento de Nossa Senhora, Bahia, assim como tantos outros, não possui qualquer programa de assistência aos animais, principalmente os abandonados, nem plano contra zoonoses. Apesar disso, sem nenhum planejamento ou ato regulatório, a prefeitura decidiu recolher cães soltos nas ruas e confiná-los em um galpão abandonado, a cerca de 13 quilômetros do centro da cidade. A medida beira à irresponsabilidade, pois os animais são apreendidos sem o manejo adequado, resultando em maus tratos, que causam indignação a quem assiste aos atos dos prepostos municipais. Prepostos, frisa-se, carentes de qualificação para a tarefa, que é executada sem a supervisão de médico veterinário. Os cães são recolhidos indiscriminadamente e não é feito o devido cadastramento.
Cadelas são separadas das crias, cães que passeiam pela rua dos donos também são levados. Misturam machos e fêmeas, doentes e sãos, filhotes e adultos. Fomos ontem ao local e vimos até animais sangrando. O galpão é isolado, sem nenhuma vigilância, já tem mais de 40 animais, expostos a qualquer tipo de ataque, sem possibilidade de defesa. Merece a intervenção do prefeito, ou do Ministério Público. Por que medida tão açodada, sem norma reguladora, sem preparação, sem nada para proteger e tratar os animais? Por que não aceitar a parceria oferecida pela APA (Associação Protetora dos Animais)?
Se tiver apoio, essa ONG promete assistência adequada, por ora recolhendo os animais doentes, para tratamento, e colaborando com ações preventivas, como vacinação e esterilização, pela castração. Mas é ao poder público que cabe cuidar desses animais, tratando os doentes, inibindo o abandono, responsabilizando donos faltosos e evitando a proliferação de cães e gatos (Lei Federal nº 13.426/2017).