Desde fevereiro cirurgias eletivas em hospitais públicos e particulares permanecem suspensas na Bahia
As cirurgias eletivas, suspensas nas redes pública e privada, através de decreto estadual publicado em fevereiro passado seguem sem data para serem retomadas na Bahia. Diferente da reabertura de setores da economia, em que a flexibilização de medidas foi condicionada a índices da pandemia em relação a esses procedimentos a estratégia não será a mesma. Um fato que tem pesado e dificultado a autorização é a escassez do “kit intubação”. As cirurgias eletivas são aquelas sem caráter de emergência, que podem ser adiados sem causar grandes problemas ao paciente. Em 11 de janeiro, o Centro de Operações de Emergência em Saúde da Bahia (Coes) recomendou a suspensão desses procedimentos em todo o estado em virtude da pandemia do coronavírus. A exceção são os casos em que possa haver prejuízo aos pacientes pela questão tempo-dependente, tais como cirurgias oncológicas, cardíacas e outras avaliadas pela equipe médica da unidade. A Secretaria da Saúde do Estado argumenta que a medida ainda é necessária devido ao contingenciamento de recursos humanos e materiais neste momento de crise sanitária. “Neste momento toda a rede de saúde, seja ela pública ou privada, em todo o território nacional, tem vivido uma situação crítica com estoque limítrofe de medicações como sedativos e bloqueadores neuromusculares”, argumentou a Sesab. A pasta ressalta que esses medicamentos são usados tanto em pacientes graves com a Covid-19, quanto em pacientes submetidos a cirurgias eletivas, mesmo quando não há necessidade de internação em UTI.