O advogado de defesa dos policiais penais Jamerson Evangelista dos Santos, Jaime Ferreira Santos Júnior e Paulo Sérgio Brito da Silva, reagiu à denúncia do Ministério Público estadual, que acusa seus clientes de participação em atos de tortura contra um detento no Conjunto Penal de Brumado, no interior da Bahia. Em nota à imprensa, o advogado Lucas Cavalcanti expressou surpresa com a denúncia apresentada à Justiça na última terça-feira (30). Segundo a defesa, no dia do incidente, o preso demonstrou um "comportamento agressivo, extremamente indevido e perigoso", o que, de acordo com a nota, exigiu a intervenção dos policiais penais para evitar um motim e restaurar a ordem no ambiente carcerário. A nota afirma que, mesmo após a abordagem, o preso continuou a incitar a massa carcerária com "gritos provocativos utilizados por facções criminosas", o que levou a uma atuação mais enérgica dos policiais penais, com uso "moderado e proporcional da força". O Ministério Público acusou o ex-diretor do Conjunto Penal, capitão PM Cláudio José Delmondes Danda, a diretora adjunta Carol Souza Amorim e mais quatro servidores públicos pelos atos de tortura, incluindo disparo de bala de borracha, spray de gengibre, e golpes físicos no preso. O MP destacou que o interno só recebeu atendimento médico no dia seguinte ao fato e foi submetido a exame médico legal em 5 de fevereiro de 2024, após requisição do Ministério Público.