- Foto: Reprodução/Tv Globo
- 27 // Ago // 2024
- 17h30
Nesta terça-feira (27), o ex-policial Ronnie Lessa prestou depoimento virtual na ação penal aberta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contra os réus envolvidos na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018, no Rio de Janeiro. Lessa, que está preso na penitenciária do Tremembé, em São Paulo, foi arrolado pela acusação liderada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e é réu confesso do assassinato. A audiência, conduzida por um juiz auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, teve início por volta das 13h. A pedido da defesa de Lessa, o depoimento não está sendo acompanhado pelos outros réus. Além de confessar o crime, Lessa assinou um acordo de delação premiada e apontou os irmãos Brazão como mandantes do assassinato. Os réus no processo incluem o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão; o deputado federal Chiquinho Brazão (Sem Partido-RJ); o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa; e o major da Polícia Militar, Ronald Paulo de Alves Pereira. Todos enfrentam acusações de homicídio e organização criminosa e estão atualmente presos. A ação penal contará com o depoimento de cerca de 70 testemunhas. Os depoimentos dos réus estão agendados para o final do processo. No último dia 12, Fernanda Chaves, ex-assessora da vereadora Marielle Franco, também prestou depoimento. Ela estava no carro que foi metralhado por Ronnie Lessa e relatou que sobreviveu porque o corpo de Marielle funcionou como um escudo, dizendo: "Não fui atingida porque Marielle foi meu escudo."