• Foto: Albert Maraux/SSP-BA
  • 16 // Dez // 2020
  • 23h32

Empresas investigadas por sonegação fiscal movimentaram R$ 2 bi, diz SSP

Repasses entre contas bancárias que superaram a cifra de R$ 2 bilhões chamaram a atenção das equipes da Coordenação Especializada de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (CECCOR-LD), do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), e motivaram o início das investigações que culminaram com a Operação Grande Famíli, deflagrada na manhã desta quarta-feira (16) em Salvador e Santo Antônio de Jesus. Com integrantes de um grupo de empresas atacadistas de alimentos, equipes das secretarias da Segurança Pública (SSP) e Fazenda (Sefaz) e Ministério Público apreenderam aparelhos eletrônicos, documentos e joias. Segundo a SSP, foram bloqueados R$ 21 milhões em contas bancárias dos investigados, que também foram alvos de sequestro de bens, como imóveis e carros. Os responsáveis pelas empresas também são investigados por crimes contra o fisco estadual cometidos desde o ano de 2010. “Passamos a acompanhar esse grupo a partir do mês de outubro deste ano. Entre 2012 e 2019, através de análise bancária, percebemos as transferências de grandes montantes entre os sócios, que são parentes, indicando a possibilidade de lavagem de dinheiro”, disse a delegada Larissa Barros, integrante da CECCOR-LD. Mandados de busca e apreensão em residências dos proprietários, lojas e escritório de advocacia foram cumpridos durante a ação, que teve apoio da Dececap, COE e da PM. A Superintendência de Inteligência da SSP também deu suporte às apurações. “O padrão financeiro apresentado pelo grupo não condiz com o declarado oficialmente. Vamos aprofundar as investigações e, se caso  confirmado o crime, indiciar os envolvidos”, declarou o delegado Marcelo Sansão, diretor do Draco.



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